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Macrotendências no TikTok: Isso é real?

outubro 27, 2022

Como filtrar o que é verdade na internet? A macrotendência Is it real? – Isso é real? – vem no embalo dessa dúvida, e a gente vai contar tudo sobre ela na quarta parte da nossa série de macrotendências.

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Como filtrar o que é verdade na internet? Se o fluxo de comunicação antes partia de um para muitos, hoje ela é de muitos para muitos. Todos têm vozes, e as plataformas digitais podem amplificar as mensagens para levar informação pra todos os cantos, muitas vezes com uma pegada rápida e leve.


E sabe-se que hoje cada vez mais pessoas usam plataformas sociais como fonte de informação – o número subiu de 47% para 63% em um intervalo de só 8 anos, de 2013 a 2021. Só que nem tudo que está na internet é verdade. Também tem conteúdo falso ou manipulado pra intencionalmente distorcer fatos.(1)


O problema é que essa informação falsa é a que normalmente se propaga mais rápido. A velocidade com que se espalha chega a ser 70% maior do que a das notícias verdadeiras. Por essas e outras, a preocupação com a veracidade é real. Entre brasileiros, oito em cada dez pessoas acreditam que as fake news são um problema grave, segundo pesquisa dos institutos IDEIA e Vero.


Essa preocupação também é compartilhada por empresas. Com o crescimento de iniciativas com foco em ESG (governança ambiental, social e corporativa, na sigla em inglês), é o lado social da marca que pode ser impactado se ela ignorar a importância da veracidade dos conteúdos. Não à toa, aqui no TikTok, a gente tem se comprometido sempre a garantir que nossa plataforma seja segura e se mantenha livre desse tipo de conteúdo.


A macrotendência Is it real? – isso é real? – vem no embalo disso tudo. Ela é a quarta identificada em uma pesquisa da spark:off para o TikTok, e, como nas outras três que apresentamos aqui até agora, nela se encaixam alguns dos movimentos e trends que rolam na nossa plataforma.


O movimento Is it real? é, essencialmente, sobre querer mais transparência. Se por um lado os usuários hoje têm a internet como principal fonte de informação, por outro estão explorando cada vez mais os mecanismos pra saber o que é verdade ou não, porque sabem do risco de fake news. Então, antes de acreditar em qualquer coisa, tem gente tentando desenvolver um senso mais crítico e fazer, elas mesmas, um filtro do que é real.


Acredite ou não

Acreditar ou não, eis a questão. O ambiente digital é a principal fonte de informação do brasileiro, como a gente comentou ali em cima. Com o tempo, os usuários têm aprendido a questionar mais o que veem online e a pesquisar sobre toda uma variedade de temas – e ainda têm estendido esse hábito ao que vão comprar.


68% dos consumidores brasileiros concordam que é importante pesquisar as práticas de negócios de uma empresa antes de comprar dela(2)

Por isso, marcas hoje atuam de diversas formas para dar mais transparência aos seus negócios e ajudar a educar os consumidores sobre novos temas no ambiente digital. Quem compra, espera ainda ver ações mensuráveis, transparentes e consistentes antes de dar seu apoio. Pra dar conta, tem empresas que apoiam o fact checking – a verificação de informações feita por veículos especializados – e mesmo até abrem espaço pra um esforço mais colaborativo na hora de separar o joio do trigo, as fake news das real news.


Criadores como emissores

Um levantamento do Statista com 50 milhões de criadores de conteúdo no mundo revelou que a maioria deles não vive disso. São pessoas diversas, de diferentes áreas e vivências, que querem se expressar livremente, em um espaço em que possam dar asas à criatividade – e mostrar seu apoio e engajar com causas e movimentos. Só nos EUA, o número de usuários envolvidos com alguma ação de ativismo online subiu de 45% para 58% de 2018 até 2020, segundo o Pew Research Center.


Num contexto em que pessoas estão desenvolvendo mais senso crítico e buscando elas mesmas mais fontes pra checar informações, essa diversidade de criadores de conteúdo atuando como emissores tem um papel fundamental. Afinal, são vozes diversas, que trazem novos fatos e pontos de vista pra mesa e ajudam a confirmar ou desmistificar alguma informação. E a autenticidade dessas vozes é chave pra gerar identificação e confiança, assim como reforçar a conexão com os usuários da comunidade.


Pra marcas, esse debate é importante porque está muito ligado à conscientização do consumidor, que a gente falou aqui em cima e em uma das macrotendências no blog. Esse maior senso crítico também tem feito os usuários se posicionarem mais e, como clientes, cobrarem esse tipo de posicionamento e posturas claras (e públicas) por parte das empresas.


No primeiro ano de pandemia, por exemplo, 70% das pessoas já esperavam que as marcas informassem o que estavam fazendo pra zelar pela proteção dos seus funcionários, clientes e a comunidade. Ou seja, mais do que transparência, o consumidor espera consistência na comunicação no longo prazo. Pra lidar com isso e divulgar seus esforços, empresas investem também em conteúdo pra informar por meio dos canais digitais – trabalhando inclusive com os criadores de conteúdo pra propagar as mensagens, apoiados pela autenticidade deles.(3)




Como uma marca pode navegar nisso?


Num momento em que a autenticidade é cada vez mais valorizada, se posicionar é chave. Criação e promoção de conteúdo e a curadoria de informação são essenciais pra marcas nessa missão. O trabalho com criadores de conteúdo se mostra importantíssimo tanto na conexão com a comunidade quanto no combate à desinformação, que é uma preocupação de todos os lados.


O trabalho em conjunto entre marcas e creators pode ser tanto em forma de parcerias, pra cocriar, quanto em apoio à profissionalização da produção de conteúdo na internet. De ambas as formas, esse esforço pode amplificar a mensagem que a empresa quer passar e ter reflexos positivos no próprio negócio e além dele.


Mais do que isso, em um contexto de consumidores cada vez mais críticos, fomentar a verdade sobre informações falsas também ajuda marcas a ganhar credibilidade com eles e a mostrar o compromisso delas com a transparência.


  1. Curadoria de informações é essencial

  2. Alavanque conteúdos educacionais informativos

  3. Parcerias com creators ajudam muito!

  4. Apoie o processo de profissionalização da criação de conteúdo




(1) Reuters Institute e Oxford | 10ª edição do Digital News Report, do Reuters Institute. Pesquisa mundial sobre a propagação de informações em ambientes digitais.

(2) Tendências Globais de Consumo, Mintel, 2022

(3) Kantar Ibope Media, 2020